A começar pelo seu formato, que segue
desenho típico de estandartes da época da construção das grandes catedrais
medievais na Europa, guardando, inclusive, a venerada razão áurea nas
suas proporções, eis que mede 87, 5 cm de largura e 141,6 cm de comprimento
total, o que se traduz na constante PHI, presente em toda a geometria sagrada
do universo: 1, 618, a mesma relação da Série de Fibonacci, das espirais
galácticas, das conchas de caracóis, da expressão máxima da beleza em um rosto
humano, dos acordes de música renascentista ...
Sua cor predominante é o azul,
tradicionalmente vinculada à maçonaria, o mesmo azul que adornava, por ordem de
Jahvé, os tzitzit dos religiosos hebreus (as franjas rituais
usadas nos quatro cantos do tallit, o chale de oração), e que nos remete
às franjas azuis do avental do Mestre Instalado.
Era a cor mais buscada na antiguidade, por sua
raridade, uma vez que derivada de um raro molusco daquelas plagas.
Ao se perder o conhecimento de sua confecção,
passou-se a usar essas franjas e nós na cor branca...
A encimar o que vai inscrito no seu corpo, temos a
tradicional referência ao Grande Arquiteto, o Deus de cada um dos Maçons,
na frase em latim, em letras latinas, tal como era grafada pelos Mestres
Comacines da Lombardia, ou, ainda antes, pelos precursores dos modernos maçons,
os construtores que acompanhavam as legiões romanas: “AD UNIVERSI TERRARUM ORBIS SUMMI ARCHITECTI GLORIAM”, ou seja: À Glória do Supremo Arquiteto do Universo.
O centro de atenção do estandarte é, porém, o
BRASÃO da loja, figura derivada diretamente de seu SELO ou TIMBRE
(Chancela), o que confere aos três emblemas da loja a unicidade
ou identidade única que se espera de uma logomarca.
Para possibilitar ao observador, de pronto, de
imediato, o reconhecimento desta loja específica, a figura central é
constituída por um par de ramos de acácia, a planta da árvore sagrada
dos antigos egípcios, dos hebreus, dos maçons, conhecida por sua madeira
incorruptível, que resiste ao tempo, da qual teria sido feita a Arca da
Aliança, e a própria cruz em que foi sacrificado o Mestre dos Mestres.
Foi a planta por excelência que escolhida para
marcar um determinado sepulcro.
Sob “a sombra da acácia”, as das grandes luzes da
Maçonaria, o Esquadro da materialidade e o compasso
da espiritualidade, armados no grau de que conhece as qualidades
da acácia.
E, finalmente, em seu interior, a simbolizar
alegoricamente nosso 2º Grão-Mestre, o Irmão Guatimozim, o Mestre Maçom
que proclamou nossa Independência, nascida nas lojas maçônicas naquela data
de 20 de agosto, e que frutificou no 7 de setembro, trazemos o Brasão do
nosso 1º Imperador e irmão.
Seguem-se a data de nascimento desta Augusta
Oficina e sua vinculação à Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará,
que lhe outorgou sua Carta Patente, seu brevê constitutivo.
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