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PROCLAMAÇÃO AO POVO BRASILEIRO

PROCLAMAÇÃO AO POVO BRASILEIRO

A COFEDERAÇÃO DA MAÇONARIA SIMBÓLICA DO BRASIL – CMSB, representando mais de 110.000 maçons filiados às vinte e sete GRANDES LOJAS MAÇÔNICAS de todas as Unidades Federativas do Brasil, reunida em sua XL Assembléia Geral Ordinária, nos dias 2 a 6 de Julho de 2011 na cidade de Aracaju – SE, conclama o Povo Brasileiro para que, unidos continuemos na defesa intransigente da ética e da moral, propugnando ainda pelo efetivo envolvimento de todas as Grande Lojas Confederadas nos seguintes assuntos de interesse nacional:

1 – Priorização das políticas de educação no País, com alteração substancial no modelo existente, e com a participação direta e efetiva da União Federal em todos os níveis, inclusive com revisão do pacto federativo.

2 – Institucionalização de políticas preventivas e educacionais de combate ao uso de drogas, voltadas ao público infantil e juvenil na área de abrangência e atuação das Grandes Lojas Brasileiras.

3 – Estabelecimento de parcerias com o Governo e com a sociedade organizada na implementação de políticas públicas de defesa das crianças, adolescentes e proteção a velhice.

4 – Participação efetiva nos projetos de proteção ao meio ambiente através de políticas que garantam a sua preservação, a qualidade de vida da população e ao mesmo tempo possibilite o desenvolvimento sustentável.

Aracaju – SE, 06 de julho de 2011

José Walter Rodrigues dos Santos

Sereníssimo Grão mestre da M.R.

Grande Loja do Estado de Sergipe e

Presidente da XL Assembléia Geral

Ordinária da C.M.S.B.

Nathaniel Carneiro Neto – PGM

Secretário Geral

E mais assinam

Os 26 Grão Mestres das demais 26 Grande Lojas do Brasil

HISTÓRIA

BREVE HISTÓRIA DA ACÁCIA 20 DE AGOSTO Nº 71

No dia 27 de Novembro de 1985 o irmão José Henrique de Azevedo, Sereníssimo Grão Mestre, da Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará - GLOMEC, através do Ato n°. 40/85, autoriza em caráter provisório o funcionamento da Loja Maçônica Acácia 20 de Agosto n°.71.

A Loja Maçônica Acácia 20 de Agosto n°.71, foi fundada aos trinta dias de março de 1985, em sessão no interior da Escola Evandro Aires de Moura, sito a Av. Central n°.353, Conjunto Ceará, com a presença de 31  irmãos, conforme Ata de Fundação, tendo por presidente o irmão Onildo Nunes Gusmão,  Eminente Grão Mestre da GLOMEC.

Em primeiro de maio de 1987, com a presença de vários irmãos, cunhadas, sobrinhos e pessoas da comunidade foi lançada a Pedra Fundamental da Loja 20 de Agosto, cujo nome foi em homenagem ao Dia do Maçom Brasileiro. E através de vários anos de labor incessante para o soerguimento do memorial a fraternidade universal, em 1° de Abril de 1995, foi realizada a sagração da Loja 20 de Agosto, em funcionamento no Palácio Maçônico Ponciano Morais de Oliveira (homenagem póstuma ao nosso irmão amado que muito fez para a edificação do referido palácio).

A Acácia 20 de Agosto teve como seu presidente fundador o irmão Francisco Texeira Celestino, e o seguiram por veneráveis:

Francisco Gaston Barreto Maciel Carneiro (1986/1988);
João Miguel Nunes (1988/1990);
João Batista Alexandre (1990/1992);
João René Cruz da Silva (1992/1994);
Francisco Laécio de Almeida Maciel (1994/1998);
José Ari Pontes Bezerra (1998 a 11/08/1999 - renunciou).

Em 26 de agosto de 1999, foi empossado pelo irmão Alexandre Nepomuceno, Eminente Grão Mestre da GLOMEC, a Junta Interventora da Acácia 20 de Agosto assim composta: irmão João Miguel Nunes (Presidente), irmão José Roque Maranhão (1°. Vigilante) e irmão José Hamilton Cavalcante Medeiros (2° Vigilante) que tinham por missão a revitalização dos quadros de obreiros da mencionada Oficina.

Aos quinze dias do mês de abril de 2000, sob a presidência o irmão Nathaniel Carneiro Neto, Sereníssimo Grão Mestre, da Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará, houve a iniciação dos irmãos Everaldo Rocha Castro, Angel Alberto de Oliveira Couto Napoli e Elias Batista da Silva, este último, atualmente exercendo o cargo de Primeiro Vigilante da Loja.

Motivada pela mencionada iniciação, e pela recomposição do quadro de obreiros, foi solicitada ao Sereníssimo Grão Mestre a suspensão da intervenção da Loja, a qual foi sabiamente atendida e dado início processo para a eleição do novo venerável.

O Biênio 2000/2002 Teve por venerável o irmão José Hamilton Cavalcante Medeiros, (Venerável Mestre) auxiliado pelos irmãos Francisco Ferreira Rocha (Primeiro Vigilante) e Luiz Nunes Neto (Segundo Vigilante), onde a gestão foi marcada pelo fortalecimento das colunas, através de iniciações, elevações, exaltações e filiações; bem como por um aprimorado serviço de filantropia e confraternização com entidades reconhecidas e lojas co-irmãs, respectivamente.

Para 2002/2004 os irmãos Francisco Ferreira Rocha (Venerável Mestre), Luiz Nunes Neto (Primeiro Vigilante), Francisco Xavier de Souza (Segundo Vigilante) e demais obreiros da Acácia 20 de Agosto n° 71, deram continuidade ao estilo transparente e ativo da administração anterior e fizeram mais iniciações, além de disponibilizarem parte dos recursos angariados da Beneficência Maçônica para entidades filantrópicas e manter um Plano de Assistência Funerária aos irmãos.

No Período 2004/2006, a Acácia 20 de Agosto n° 71, teve por luzes os irmãos Francisco Hilderlando Malveira Batista (Venerável Mestre), Luiz Miguel Nunes Neto (Primeiro Vigilante) e Luiz Carlos Francelino de Souza (Segundo Vigilante), os quais mantiveram os empreendimentos sociais, filantrópicos e de crescimento de obreiros já solidificados pelas gestões anteriores e propiciaram um rico intercâmbio cultural entre as Oficinas Maçônicas, através de visitas, reuniões conjuntas e confraternizações.

A gestão do atual biênio está consolidando as conquistas anteriores e congregando valores e esforços dos irmãos para manter o nível de fraternidade e unidade maçônica já alcançada pelos seus antecessores, e contando com a colaboração de devotados irmãos do quadro, filiados, e amantes da Arte Real, de forma que, estamos nos confraternizando com várias oficinas e encetando uma campanha de doação de livros para a formação de um banco de consultas maçônico no próprio Palácio Nathaniel Carneiro Neto, onde funciona atualmente nossa Loja, a Rua Belém 747, Bairro do Henrique Jorge. Temos ainda efetiva participação em obras de beneficência e amparo aos necessitados, vítimas do infortúnio; além de valorizar e propagar os ideais maçônicos seculares de Fraternidade, de Igualdade e de Liberdade.

A Seguir o nome dos obreiros e funções que aceitaram a responsabilidade
de gerir as atividades da Loja Maçônica 20 de Agosto n°.71, conforme posse em 10 de Agosto de 2006/2008 do Veneralato e em 17 de Agosto de 2006 dos demais Oficiais:

LUIZ CARLOS F. de Souza – Venerável Mestre;
ELIAS BATISTA da Silva – Primeiro Vigilante;
José Francisco EVANGELISTA – Segundo Vigilante;
LUIZ NUNES Neto – Orador;
José DINIZ de Oliveira – Secretário;
MANUEL Almeida ROSA – Tesoureiro;
EMERSON Persival A. de Moura – Arquiteto;
BENEDITO Pedro Albuquerque – Hospitaleiro;
José GIUBERTO Monteiro – Mestre de Banquetes;
SILVIO César Oliveira Torres – Bibliotecário;
José UBIRACI Bezerra – Primeiro Diácono;
Pedro VALDECI da Costa – Segundo Diácono;
Antonio CARLOS de Araújo – Chanceler;
FLÁVIO Jose Miranda Ferreira – Mestre de Cerimônias;
RODNEY Silva Carvalho – Primeiro Experto;
José Mirton BARROSO Ferreira – Segundo Experto;
EDMUNDO Alves de Souza – Porta-Estandarte;
JOSE CARLOS de Souza Barros – Guarda do Templo;
Francisco XAVIER de Sousa – Porta-Espada;
CARLOS ALBERTO do Nascimento – Cobridor Ext.;
GILBERTO da Silva COSTA – Mestre de Harmonia;
JOAQUIM dos Santos NETO – Orador Adjunto;
BRUNO Bezerra de MACEDO – Secretário Adjunto;
AMISTERDAN Rodrigues Leal – Tesoureiro Adjunto;
Jose MARLEY Lopes – Hospitaleiro Adjunto;
Francisco Rodrigues de LIMA – Guarda do Templo Adj.;
EDILSON Pereira Monteiro – Mestre de Harmonia Adj.;
Raimundo NONATO SOBRINHO – Mestre Maçom;
José FERREIRA da Silva – Companheiro Maçom;
EDSON CASTELO Branco da Silva – Aprendiz Maçom;
CICERO RÔMULO Barros – Aprendiz Maçom;
CLAUDIANO Régis S. Oliveira – Aprendiz Maçom;
GIOVENAZI Pinto Queiroz – Aprendiz Maçom;
GLAUBER Vieira Portela – Aprendiz Maçom;
José VILMAR RAMOS – Aprendiz Maçom;
REGILANO de Oliveira Moreira – Aprendiz Maçom;
JOSÉ WILMAR de Sousa – Aprendiz Maçom.

Os irmãos retro mencionados deliberaram em ficar orientados, pelos mui sábios irmão, já mestres instalados, nos assuntos referentes às suas atribuições, conforme apresentamos a seguir:

JOÃO Miguel NUNES – Presidente da Comissão de Beneficência (Comben);
José HAMILTON CAVALCANTE Medeiros – Presidente da Comissão Central (Comcen);
FRANCISCO Ferreira ROCHA – Presidente da Comissão de Finanças (Comfin);
Francisco HIDERLANDO MALVEIRA Batista – Presidente da Comissão de Eventos (Comeve).
O Grande Arquiteto do Universo concedeu-nos, entre outras maravilhas, o retorno ao nosso convívio dos irmãos JUIVAN Alves Cavalcante e José JÚLIO Costa Barroso, ambos mestres maçons, que, em tempos idos, muito já fizeram pela nossa Oficina e muito ainda tem a nos proporcionar com suas prestimosas presenças.

Como o homem não nasceu apenas para a alegria, tivemos que nos conformar com a ausência material do amado irmão Edmundo Alves de Souza, que se transferiu para a Oficina Celestial, de onde velará pelos obreiros desta Loja, os quais ainda o sentem na alegria que marcou o nosso convívio com o saudoso irmão.

Este biênio ficou marcado por uma administração fraternal encetada pela grande fortaleza que foi nosso venerável Luiz Carlos Francelino de Souza que soube comandar os trabalhos com paz e harmonia para o engrandecimento de nossa oficina.

Para o Período 2008/2010, a Acácia 20 de Agosto n° 71, teve por luzes os irmãos Flávio José Miranda Ferreira (Venerável Mestre), Luiz Miguel Nunes Neto (Primeiro Vigilante) e Pedro Valdeci da Costa (Segundo Vigilante), os quais deram continuidade ao estilo transparente e ativo das administrações anteriores e mantiveram os empreendimentos sociais, filantrópicos e de crescimento de obreiros, marcado pelo fortalecimento das colunas, através de iniciações, elevações, exaltações e filiações já solidificados pelas gestões anteriores e propiciaram um rico intercâmbio cultural entre as Oficinas Maçônicas, através de visitas, reuniões conjuntas e confraternizações.

No biênio atual estão sendo consolidadas as conquistas anteriores e congregando valores e esforços dos irmãos para manter o nível de fraternidade e a união maçônica já alcançada pelos seus antecessores, contando com a colaboração de valorosos irmãos do quadro, filiados livres e visitantes oficinas co-irmãs, de forma que, estamos nos confraternizando com várias oficinas e encetando uma campanha de doação de livros para a formação de um acervo adequado a consultas maçônico em nossa biblioteca, Raimundo Ferreira Lima, no próprio Palácio Nathaniel Carneiro Neto, onde funciona atualmente nossa Loja, a Rua Belém 747, Bairro do Henrique Jorge. Temos ainda efetiva participação em obras de beneficência e amparo aos necessitados, vítimas do infortúnio; além de valorizar e propagar os ideais maçônicos seculares de Fraternidade, de Igualdade e de Liberdade.

Colaboração: Luiz Carlos de Souza M.·. M.·. I.·.

Fundador do Sistema de Grandes Lojas do Brasil
Mario Behring Ao tentarmos dizer alguma coisa sobre a figura exponencial de MÁRIO BEHRING, fazemos com o maior respeito e admiração.
Entendemos que nunca devemos negar os justos aplausos aos que, conscientes da verdade dos fatos e do direito, dispõem-se a colocar sobre os próprios ombros, o julgamento da história.
Já temos aprendido, sobejamente, que errar é humano; permanecer no erro é obstinação.
Os adversários do nosso Ilustre Irmão MÁRIO BEHRING, costumam apontar-lhe erros e omissões com o fim precípuo de desmerecer o seu caráter ou ofuscar o brilho de suas idéias e o ímpeto de sua coragem.
Certamente, não é fácil lutar contra os "poderosos", mas não é difícil, estamos convencidos, usar o bom senso para bem esclarecer os que na defesa dos próprios interesses ou de grupos, preferem perpetuar-se desfilando, propositadamente, nos caminhos perigosos da incerteza e da insegurança.
MÁRIO MARINHO DE CARVALHO BEHRING, mineiro de nascimento, nascido aos 27 dias do mês de janeiro do ano de 1876, isto é, a pouco mais de um século, no alvorecer de sua maioridade, isto é, aos 22 anos, transpôs o pórtico da Loja Maçônica "UNIÃO COSMOPOLITA", lá mesmo em Minas Gerais, onde, mais tarde, sem muito se demorar, veio a empunhar o Primeiro Malhete de sua Oficina.
Ponderado em suas palavras, porém desassombrado em suas atitudes MÁRIO BEHRING, conforme a filosofia dos seus tempos, logo iniciou uma luta sem quartel em favor da liberdade de pensamento e contra os radicalismos de todas as espécies, principalmente, o religioso.
No início do século passado, ou seja, em 1901, transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro, então capital da República, onde pelo seu comprovado gosto pelos estudos sobre os assuntos Maçônicos, veio a ser nomeado Membro da Comissão de Redação do Boletim Oficial do Grande Oriente do Brasil, então única Potência Maçônicas existente no Brasil, originário da Loja "Comércio e Artes" que, subdividindo-se em três, isto é , da mesma "Comércio e Artes", "União e Tranqüilidade" e "Esperança de Niterói", fundou o GOB em 17 de Junho de 1822, conforme consta de seus registros.
É bem de ver que, tão logo MÁRIO BEHRING começou a comparar os resultados dos seus estudos sobre a ORDEM com as estruturas do GOB, passou a querer influenciar na reformulação dos procedimentos do mesmo, principalmente, quando renunciou a sua eleição, em 1903 para Membro efetivo do Gr:. Capítulo do Rito Francês ou Moderno, numa irrecusável demonstração aos menos avisados de que, embora combatesse, febrilmente, o sectarismo e intolerância religiosas, cultivava a sua crença no G.A.D.U. e na imortalidade da alma, postulados não aceitos pelo referido Rito, apesar de nele haver inicialmente orientado os seus primeiros passos.
Continuou MÁRIO BEHRING Membro da Comissão de Redação do Boletim Oficial desde 1902 até 1905, tendo sido eleito em 1906, Grande Secretário Adjunto, quando, mais uma vez, usando de seus conhecimentos, elaborou, em 1907, o projeto da Constituição do GOB que pela conotação liberalista emprestado aos seus dispositivos, tenderia, fatalmente, à regularidade, não somente de suas origens, mas, sobretudo, dos seus trabalhos, não fosse o desvirtuamento que lhe deu uma Comissão de 18 Membros encarregados de sua redação final, para proteger os interesses contrariados pelo trabalho de MÁRIO BEHRING.
Apesar de toda sua luta e influência, MÁRIO BEHRING não conseguiu ver vitoriosos os seus pontos de vista que, em última análise, era uma tomada de posição em consonância com o desenvolvimento da Maçonaria Universal.
Mais esclarecido na investigação da verdade e desejando prosseguir, sob os eflúvios do G.A.D.U., no seu empreendimento, MÁRIO BEHRING aceitou a sua eleição, em 1907 para Membro Efetivo do então Supremo Conselho do Grau 33 para os Estados Unidos do Brasil de onde poderia melhor combater os desmandos a que era submetida a nossa Ordem no Brasil, pelos excessos de poder e apaixonada vaidade dos que se aproveitavam da Ordem ao seu bel-prazer, ainda que esse comportamento pudesse redundar em prejuízo para os verdadeiros objetivos de nossa Instituição.
Sem dúvida, entre os que se opuseram às idéias de MÁRIO BEHRING encontravam-se homens que, apenas por erro de observação ou possível desconhecimento da universal regularidade então buscada, permaneceram na arraigada defesa das suas posições.
Todavia, pelo entusiasmo de suas palavras e pela seriedade de seus propósitos, MÁRIO BEHRING começava a encontrar apoio dos que viam nele um líder eficiente e capaz de tomar uma posição em favor da regularidade da nossa ORDEM no Brasil, ainda que isso lhe custasse, presumivelmente, muito suor e muitas lágrimas.
A interinidade do seu Grão-Mestrado de 10/08/20 a 19/11/20 e de 25/12/20 e 22/04/21, valeu-lhe a experiência da efetividade do seu mandato no período de 28/06/22 a 13/07/25 vez que, lutando em todas as frentes, por nossa regularidade, inclusive junta ao Congresso Internacional de Lausanne, em 1921, reconhecia, com maior força de argumentos, a necessidade de não confundir as administrações do Simbolismo com o Filosofismo.
Terminado o seu mandato de Grão-Mestre, MÁRIO BEHRING, passou o Malhete ao seu sucessor Venâncio Neiva, o qual, procurando coonestar o movimento encabeçado por MÁRIO BEHRING, elaborou um Tratado a ser firmado entre os Graus Simbólicos e os Graus Filosóficos. Infelizmente, por ter, se passado para o Oriente Eterno aquele irmão não pode firmá-lo, cabendo ao seu sucessor Fonseca Hermes, a responsabilidade de fazê-lo.
Dava-se ao Tratado a significação de vida não dependente, porém, harmônica entre as duas administrações.
Isso, entretanto, não vingou por muito tempo, eis que forças e interesses se levantaram a ponto de levar o Grão-Mestre Fonseca Hermes à renúncia, instalando-se em seu lugar Octavio Kelly, o qual, desrespeitando todo esforço anteriormente feito e a legislação Maçônica Internacional, passou a exercer, de modo hostil, os cargos de Grão-Mestre e Soberano Grande Comendador, mesmo não tendo sido eleito para este último cargo.
Com essa atitude o Grão-Mestre Octavio Kelly proclamando-se, também, Soberano Grande Comendador, rompeu o Tratado assinado em outubro de 1926 e deu lugar a que MÁRIO BEHRING, em 20/06/27, vendo-se espoliado na legitimidade e regularidade do seu cargo, e, sentindo a responsabilidade dos compromissos assumidos no exterior, uma vez que somente avocando o DEC, de 01/06/21, que dava ao Supremo Conselho do Brasil, personalidade jurídica distinta do GOB é que foi admitido no Congresso de Lausanne e confiando nos que haviam de defender, a qualquer custo, os postulados que ensejaram o reconhecimento da Maçonaria Brasileira entre seus Irmãos do Universo, retirou-se do Grande Oriente do Brasil e estimulou a fundação das Grandes Lojas Brasileiras.
MÁRIO BEHRING era um engenheiro e não um advogado como muitos pensam ter sido, pelo ardor de sua luta e pela firmeza dos seus argumentos diante dos mais renomados jurisconsultos seus opositores. O seu desmedido interesse pela leitura dos assuntos maçônicos e o desejo de projetar a nossa ORDEM no concerto Universal, impulsionaram-no a fundar as Grandes Lojas Brasileiras há 80 anos passados.
Sem embargo, podemos afirmar com SALVADOR MOSCOSO, em seu trabalho publicado na Revista "ASTRÉA" de dezembro de 1966; "o homem maçom que volver os OLHOS para a história e a experiência de Mário Behring, não escreveria um livro, mas faria um exame de consciência".
Mário Behring, quis legar os vindouros, através de páginas expressivas na história Maçônica Brasileira, algo da própria respiração, fazendo dele documento animado de personalidade. Foi tão fiel o retrato de suas ações que o oferecem aos seus Irmãos como valioso presente, narração dos movimentos avulsos da sua sensibilidade nas várias emergências da vida.
Nunca se observou o cansaço, havendo, em todos os excertos, a corajosa decisão de quem se propôs inventariar como Maçom e por isso com serenidade, os passos das transatas caminhadas.
O futuro há de saborear, avidamente, a sua história porque nela se guarda o Maçom insigne que a escreveu. Nela ficará, fielmente o retrato, e para todo o sempre, Mário Behring com aquela emoção, educada e sutil, de quem sempre desprezou as falsas pompas.
Aí estão, em rápidas pinceladas sem retoques, alguns traços da marcante e exemplar personalidade do Paladino da Regularidade Maçônica Brasileira que, ao seu tempo, soube honrar os juramentos feitos e os compromissos assumidos perante o G.A.D.U., e a sua consciência. MÁRIO BEHRING soube respeitar a dignidade dos seus semelhantes, sem ostentação ou falsa modéstia.
Em 14 de Junho de 1933 quando viajou para o Oriente Eterno, deixou-nos, tal qual um vigoroso cometa, um rastro de intensa claridade a nos guiar pelos caminhos do equilíbrio, da moral e da razão.
Transcrito de Nós e a X Conferência da CMI.


ÉTICA E POLÍTICA SOB A ÓTICA DA MAÇONARIA
Waldemar Zveiter
Senhor Presidente, autoridades, permita-me saudá-los e a todos nas pessoas dos Sereníssimos Grãos-Mestres das 26 Grandes Lojas Maçônicas dos Estados de nosso País e do Distrito Federal aqui presentes.
Permitam-me, também, Senhores, por primeiro, enumerar, ainda que em apertada síntese, os princípios pelos quais se rege a Maçonaria: A iniciação Maçônica tem por objetivo tornar o homem em um novo ser, apto a integrar-se na filosofia do humanismo capacitando-o à compreensão da universalidade, da cor e da fé religiosa, levando-o ao entendimento de que pertence a uma mesma e única humanidade.
De todos os deveres iniciáticos do maçom avulta aquele de buscar eficiência para espargir os ensinamentos Maçônicos entre os que os desconhecem, visando trabalho objetivo pelo bem estar e o progresso da humanidade, passam a compreender, finalmente, que se não podem obter a resposta sobre sua origem, e o destino de seu porvir, sabem para que e porque vieram.
Sabem os Maçons que vieram e vivem, sem descurar de seu próprio aperfeiçoamento, enfrentando os embates que a luta pela vida apresenta, para propagar pelo exemplo e pela palavra os princípios da Maçonaria, que dentre outros em síntese proclama:
- que um povo só é escravo quando desconhece a própria força e por lhe faltar a coragem de libertar-se;
- que os homens são capazes, por sua vontade, de submeter suas paixões e para alcançarem a vitória haverão antes de saber resistir;
- que Deus não é feito a imagem do homem nem possui suas fraquezas e suas paixões, por isso que a maçonaria não o define como, também, não define os princípios da imortalidade da alma, deixando à cada um a liberdade de o fazer, esclarecendo-se e guiando-se por sua própria consciência;
- que não há limite algum à indagação da verdade e, para garantir a amplitude dessa liberdade, exige de todos a tolerância exortando, àqueles para os quais a religião se constitui consolo, a cultivá-Ia com liberdade;
- que a doutrina maçônica se contém inteira na asseveração do amor ao próximo, sedimentada sua moral na prática da solidariedade e da caridade à todos os seres humanos;
- que o Maçom cultiva a simpatia e a compaixão por todos os homens, mesmo por aqueles ainda escravos de concepções imperfeitas, desenvolvendo esforço para abolir os preconceitos e os erros;
- que o Maçom honra a sua Pátria dispondo-se a entregar sua vida pela preservação de sua integridade e de seu povo, jamais se constrangendo de propagar as verdades maçônicas, sem qualquer temor e aonde quer que sejam úteis.
Explicitados tais princípios, pode-se afirmar, também, sinteticamente, a compreensão sob a ótica Maçônica, do que sejam a Ética e a Política.
Existe hoje no Brasil, em alguns segmentos da sociedade, um perigoso distanciamento entre ética e política. Há uma percepção difusa de que as duas não se complementam, constituindo-se universos distintos. A ética, assim, isoladamente, não teria espaço no mundo político.
Contudo a ética é uma instância que, tática e estrategicamente, deve se subsumir na política.
Se em algum momento, eventualmente um partido político pretendesse ser detentor do monopólio da ética isso seria impossível. A circunstancia de politização da ética teria vida fugas e em curto período, porem os fatos provariam ser impossível existir grupos que pudessem titular-se como detentores absolutos dos valores éticos.
A ética está alicerçada em princípios. A assertiva que, os fins justificam os meios jamais poderia ser invocada na política. Se abandonasse os princípios básicos, a política perderia a sustentação dos seus atos. Nesse sentido, a ética deve embasar toda e qualquer ação política. Trata-se, enfim, de uma questão de princípios.
Quando, eventualmente, os fins pudessem ser alcançados por meios espúrios, a sociedade passaria a correr perigo.
Consoante a doutrina da Maçonaria o pensamento ético deve forjar o sistema de valores que fundamenta uma sociedade justa.
A política assim deverá ser aplicada eticamente à sociedade e, por isso que nem a ética nem a política podem ser monopólio de grupos ou instituições.
Sabe-se que o planeta esta ameaçado pelo desequilíbrio das ações humanas sobre o meio ambiente. Durante séculos, essas ações se desenvolveram como se todos os recursos fossem inesgotáveis e, neste decisivo século XXI, a sociedade esta diante de desafios que em nenhuma época anterior enfrentou: a degradação acelerada do planeta, a ameaça crescente ao processo civilizatório e o fim da humanidade como a conhecemos.
Exige-se, hoje, de cada nação e de cada ser humano, uma mudança de paradigma. Ou se muda de rumo agora ou se legará às gerações futuras um mundo à beira do abismo.
Para reverter esse quadro, precisa-se de uma nova política ambiental e, acima de tudo, de uma bioética, uma ética da vida. Só a atividade ético-política pode lutar, mundialmente, pela sobrevivência do planeta.
No campo político, todos sabem que a democracia renova-se juntamente com a renovação da sociedade. Um rápido olhar sobre a história do país revela que a democracia pode ser suprimida pelas circunstâncias do momento, utilizada por grupos de poder que confundem o público e o privado, manipulada por interesses que atropelam a ética por objetivos subalternos.
De acordo com eminentes teóricos, a democracia é antes de tudo o regime político que permite aos atores sociais formarem-se agindo livremente.
São os seus princípios constitutivos que comandam a existência dos próprios atores sociais.
Por isso que três princípios básicos devem reger o projeto democrático: o reconhecimento dos direitos fundamentais, que o poder deve respeitar; a representatividade social dos dirigentes e da sua política; e a consciência de cidadania, extraída do fato de pertencer a uma coletividade fundada sobre o direito.
Quanto aos direitos fundamentais, quando não são vividos como direitos nem como fundamentais, instaura-se a corrosão das Instituições que alicerçam o Estado Democrático de Direito, pondo em risco a própria governabilidade.
Registre-se que, por conta desse estado de coisas, podem faltar recursos para a educação, saúde e segurança pública, recuperação e construção de estradas, proteção do meio ambiente e dos recursos naturais, e tantos outros bens que a Nação reclama e almeja.
Portanto a eventual falta de ética e moralidade no trato da coisa pública propiciaria clima de desesperança e descrédito que anunciaria desastres iminentes. As duas últimas tragédias aéreas afiguram-se bastantes representativas do estado de espírito que tomaria conta da nação se não se retomasse, de imediato, como feito, o eixo de equilíbrio entre as Estruturas da República, para restabelecer o bem-estar do povo. Essa retomada se da por uma representatividade real, necessariamente fundada na Ética.
Hoje, neste exato momento, milhões de pessoas não saberiam dizer o nome do vereador ou o número do deputado federal em que votaram nas últimas eleições. E, caso dissessem o nome ou o número, dificilmente poderiam explicitar de forma clara a plataforma do candidato. Caso fosse lembrado o nome e explicitada a plataforma, não saberiam dizer o que o eleito teria feito ou faria com o mandato que lhe fosse democraticamente outorgado nas urnas. Existiria assim, por parte dos eleitores, uma falta de comprometimento com o seu próprio gesto, um gesto ao mesmo tempo individual e coletivo, fundamental e democrático, no exercício da cidadania participativa.
Por outro lado, os eleitos, quando exercitassem, livremente, o mandato, sem cobranças e sem acompanhamento, poderiam, eventualmente, se entregar a uma representação teatral, que transformaria instituições veneráveis em palco, para os holofotes da mídia, verberando palavras vazias à ouvidos desatentos.
Assim quando a representação não cumprisse seus objetivos básicos, o teatro e a política nada teriam a ganhar e os representados teriam tudo a perder.
Dessa forma, a representação social se tornaria uma farsa e o ato democrático cairia no vazio. Como em tal situação raramente existiria motivos para aplausos, as vaias que ressoariam no teatro, nos aeroportos ou nos estádios repercutiriam, uniformemente, sobre os próprios atores sociais; os eleitos e os eleitores. Tudo ficaria em suspenso até a próxima convocação das urnas, o que, por argumento poderia resultar em mais do mesmo, fato que reiteraria o círculo vicioso de esperanças que se perderiam e das promessas que jamais se cumpririam.
Para escapar desse circulo vicioso, seria urgente que as eleições se constituíssem no momento propício para que se realizasse expressiva modificação no quadro político, quando necessário, com o respeito à coisa pública, através do voto que se depositaria em nomes capazes de ouvir e atender o clamor público, tudo sem exclusão das medidas administrativas e judiciais que visassem exemplar punição, daqueles que, eventualmente, corrompessem sua representatividade quando eleitos.
Respeitados e cultivados os direitos fundamentais, valorizada a representatividade, há de cuidar-se da cidadania. Sob a ótica Maçônica nesse sentido pode-se afirmar que canta-se o Hino Nacional com orgulho, e patriotismo e, induvidosamente, ama-se o país.
Porém, sabe-se que milhões jamais leram a Constituição Federal, milhões desconhecem a Lei e só entram em contato com ela através do policial da esquina, momento em que têm a oportunidade de clamar que a lei é injusta, brutal ou corrupta. Milhões são inocentes antes de ultrapassar o sinal fechado, e, por desatenção ou simples desconhecimento da Lei, ninguém é culpado, todos se pressupõem inocentes até prova em contrário, diante dos seus próprios atos.
Todavia, para a Maçonaria, há de educar-se a população insistindo para que compreendam a responsabilidade de cada um diante de si mesmo e dos outros, diante da Lei, da justiça, do direito de ir e vir, da busca da felicidade, conscientizando-a de que o paternalismo e o clientelismo se constitui ameaça à cidadania. É preciso esclarecer, pela educação, ao povo que fugir ao compromisso com a própria cidadania é mais que uma fuga: é ajudar a alimentar a corrupção dos valores necessários para a construção de uma sociedade mais justa, mais equilibrada e mais harmoniosa.
\Os Maçons pregam que se há de colher no plano coletivo o que se planta no plano individual. Que para se denunciar o ?sistema? há de se ter consciência de que como seu integrante deve-se proporcionar os meios para sua melhoria. É preciso, como eleitores saber cobrar dos políticos o cumprimento do programa com o qual foram eleitos pelo voto do povo. Ao se delegar poderes, há de se manter o vínculo com esse poder, porque todos são atores principais do espetáculo, por isso que para se aplaudir ou vaiar não se o pode fazer como simples espectador, mas como co-participe das ações, impondo-se encontrar meios para que não existam as vaias, às quais haverá de se sobrepor os aplausos.
É preciso que no mundo os fins sejam alcançados em estrita obediência aos princípios, sem os quais não haverá espaço para o processo construtor. Por isso, mais do que nunca, é preciso vincular política e ética, ação social e participação. Só assim será possível escapar do círculo vicioso dos eventuais atos inconseqüentes e descompromissados para o círculo virtuoso dos atos comprometidos e conscientes. Só assim será possível o saneamento da vida pública, quando necessário, com a retomada do verdadeiro sentido de cidadania, com absoluto respeito à coisa pública, às leis, e aos mais altos interesses do Brasil, como determina a Constituição Federal.
Os atos livres e soberanos dos homens e mulheres é que são a fonte dos valores, e o maior de todos os valores é o ser humano integralmente realizado. Essa é, acima de tudo, uma questão ética. E a ética deve ser um imperativo da política e da própria vida em sociedade.
E para chegar a essa conclusão não é necessário buscar inspiração nas altas e rarefeitas esperas do pensamento humano. Basta caminhar entre o povo para colher idêntica lição de sabedoria. Essa reflexão encontra uma perfeita tradução na experiência dos simple mortais a dizer: a voz do povo é a voz de Deus. Por isso é preciso ouvi-la como a mesma atenção dedicada aos grandes pensadores.
Ministro Waldemar Zveiter
Sereníssimo Grão-Mestre
Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro

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